
O romance de fantasia concorre a prêmio nacional e tem narrativa baseada em dualidades e reflexões filosóficas.
/Vitória Alcântara
O jornalista alagoano Victor Mélo vai apresentar seu romance de estreia, “A Noite que Vive no Rei” (Editora Patuá), na 11ª Bienal do Livro de Alagoas na próxima segunda-feira, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió.
Victor Mélo, que também trabalha no ge.globo em Alagoas, fará uma tarde de autógrafos das 15h10 às 17h, na Praça Dandara do evento.
O livro, lançado em abril e com 514 páginas, tem chamado a atenção: está à venda na Amazon e já está na disputa de melhor romance do ano no Prêmio da Biblioteca Nacional. A editora Patuá é conceituada e reconhecida por revelar talentos e conquistar prêmios como o Jabuti.
A história
“A Noite que Vive no Rei” é um épico que promete cativar leitores de fantasia sombria e histórias profundas. A trama acompanha Ramon Capitão, um líder que fez um pacto com o “Espectro de Flamas”: poder em troca dos seus sentimentos.
Para conseguir uma aliança política, Ramon tenta se casar com a princesa Jordana, do reino de Margor, antes de enfrentar Garbacia, o inimigo mais poderoso. No entanto, a princesa é libertária e não aceita um casamento sem amor.
Para cortejá-la, Ramon precisa recuperar seus sentimentos um a um, o que ameaça o pacto e enfurece as sombras.
A narrativa desafia os limites entre o bem e o mal, o tempo e traz discussões sobre estratégias políticas e dilemas filosóficos, temperados pelo humor ácido do bobo Torbilet.
A criação e as referências
Victor Mélo, que tem 48 anos e iniciou a carreira em 1999, conta que não era um leitor assíduo de fantasia, mas viu no gênero um desafio para abordar temas universais de forma mais profunda.
Jornalista alagoano Victor Mélo autografa exemplares de “A Noite que Vive no Rei” na 11ª Bienal do Livro, em Maceió.
/Vitória Alcântara
Ele buscou referências na filosofia, psicologia e teatro, citando nomes como Camus, Nietzsche, Shakespeare e Ariano Suassuna.
A intenção era “explorar águas desconhecidas sem cair na armadilha dos clichês” e entrelaçar forças antagônicas, como “bem e mal, luz e sombra, vida e morte, ciência e superstição, ordem e caos”.
O autor afirma que a história poderia se passar em qualquer tempo, mas o cenário medieval e místico ajuda a despertar o interesse e serve de “tempero” para a trama.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Por: G1 Alagoas