Dinheiro apreendido em Operação do MPAL que mira esquema milionário de sonegação
Cluaudemir Mota
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Invoice, investigação que apura um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro responsável por movimentar cerca de R$ 400 milhões e sonegar mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos.
A ofensiva cumpre 15 mandados de busca e apreensão em Alagoas, Espírito Santo e Santa Catarina.
As diligências foram autorizadas pela 17ª Vara Criminal da Capital e são coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf). Segundo o MPAL, o grupo investigado envolve quatro empresas de importação e exportação e 11 pessoas físicas, incluindo empresários, laranjas, testas-de-ferro e um agente público aposentado.
Material apreendido em operação do MPAL
Cluaudemir Mota
As apurações apontam indícios de sonegação fiscal, apropriação indébita tributária, falsidade ideológica e lavagem de bens. A Secretaria de Estado da Fazenda ainda deve atualizar os valores sonegados.
O coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter, afirma que a estrutura criminosa usava operações milionárias com aparência de legalidade para fraudar o Estado. “Cada centavo sonegado representa menos leitos, menos professores, menos patrulhamento, menos dignidade para quem depende dos serviços públicos”, disse.
O Gaesf identificou práticas como ocultação de patrimônio, pulverização de recursos e uso de laranjas, inclusive beneficiários de programas sociais. O MPAL seguirá sob sigilo até o fim das investigações, quando buscará o ressarcimento dos valores desviados e a responsabilização dos envolvidos.
Operação Invoice, em Alagoas
Cluaudemir Mota
Operação Invoice
A Operação Invoice conta com apoio dos Ministérios Públicos do Espírito Santo e de Santa Catarina, das Polícias Civil e Militar desses estados, da Sefaz/AL, da PGE/AL e da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas.
O nome da operação faz referência ao documento “invoice”, utilizado em transações internacionais para dar aparência de legalidade às operações investigadas.
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Por: G1 Alagoas