Segundo o Ministério Público, sargento, delegado e agente da Polícia Civil criaram uma farsa para interferir no julgamento. Empresário Kleber Malaquias, conhecido como Bode Rouco, foi assassinado dentro de um bar, em Rio Largo, AL, em 2020
Um sargento da Polícia Militar foi preso por forjar provas no caso do assassinato do ativista político Kleber Malaquias, morto em 2020, em Rio Largo. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Estadual (MP-AL) para emitir um mandado de prisão preventiva contra o sargento. A fraude processual que levou à prisão do militar foi a mesma que resultou na prisão do delegado da Polícia Civil.
Segundo o MP-AL, o sargento, um policial preso por suspeita de participar do assassinato de Kleber Malaquias e o delegado, que era o responsável pelo inquérito, criaram uma farsa para interferir no julgamento do caso. Eles forjaram provas para incriminar o policial militar Alessandro Fábio da Silva, que foi morto pela esposa em 2022. O intuito era colocar o PM falecido como o verdadeiro autor da morte de Malaquias e, dessa forma, livrar os verdadeiros assassinos.
O sargento é acusado de envolvimento na morte de Kleber Malaquias, mas aguardava pelo julgamento em liberdade. De acordo com o MP-AL, após conseguir a liberdade provisória por causa de problemas de saúde, o militar passou a obstruir o andamento da ação penal, dificultando o julgamento e apresentando provas forjadas.
No pedido de nova prisão do sargento, o Ministério Público argumentou que o atual estado de saúde do réu permite a decretação da prisão preventiva, visto que, ao cometer novos delitos, ele demonstrou estar apto a enfrentar as consequências legais de suas ações. Diante disso, o órgão considera a prisão uma medida essencial para prevenir a prática de novos crimes, garantir a ordem pública.
O Ministério Público comprovou que o sargento teve papel ativo no crime ao seguir Kleber Malaquias, junto com os demais acusados. Ele foi acompanhado do autor dos disparos que mataram a vítima.
Por: G1 Alagoas