‘Teresa’: saiba qual é a origem do termo usado por presidiários para se referir a corda usada durante fugas

Presidiários usam ‘Teresa’ para escapar de presídio em Maceió
SSP-AL
Lençóis torcidos usados em fugas! Esse é um dos método utilizados por presidiários há décadas para escapar de penitenciárias. A corda improvisada tem até nome: Teresa. Na manhã desta sexta-feira (5), essa foi a forma que cinco presos encontraram para fugir do Baldomero Cavalcanti, em Maceió.
A “Teresa” é feita por lençóis torcidos e que são pendurados em janelas e muros dos presídios para facilitar a fuga. O termo é uma uma gíria usada por detentos do Brasil e de outros países da América Latina.
A origem do nome tem inspiração na história de São João da Cruz, que foi preso por frades durante a reforma carmelita em 1577. Segundos relatos da época, o santo ficou preso em uma masmorra onde era constantemente torturado.

Dentro do cárcere, já bastante debilitado, ele teve uma visão de Santa Teresa, sua amiga e companheira na luta pela reforma carmelita. Ela teria instruído São João da Cruz a juntar retalhos de mantas para fazer uma corda e conseguir escapar da prisão.
A fuga bem sucedida do santo foi amplamente divulgada e acabou inspirando os presidiários a utilizarem pedaços de pano como meio de escapar da prisão.
Fuga com corda vermelha
Cinco presos fogem do Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió
/Redes sociais
A fuga na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira aconteceu na manhã desta sexta-feira. Os cinco presos foram identificados pela Seris, e quatro deles já foram capturados.
Em nota, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social e a Polícia Penal de Alagoas informou que já abriu procedimento administrativo para apurar o caso. Ainda de acordo com a Seris, a última fuga de penitenciárias de Alagoas aconteceu há três anos.
Presos fogem do Baldomero Cavalcanti, em Maceió

Por: G1 Alagoas