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VÍDEO mostra homenagem de familiares e equipe médica a paciente doador de órgãos em Arapiraca


Homem de 51 anos teve morte cerebral confirmada e família autorizou a doação. Registro foi feito no corredor do Hospital de Emergência do Agreste (HEA) quando paciente seguia para captação dos órgãos. Familiares e equipe médica fazem homenagem a paciente doador de órgãos em Arapiraca
Em um gesto de solidariedade, a família de um paciente de 51 anos, que teve morte cerebral neste sábado (28) em Arapiraca, interior de Alagoas, autorizou a doação de seus órgãos. Um vídeo mostra o momento emocionante em que o paciente doador passa por um corredor humano formado por familiares e profissionais do hospital até o centro cirúrgico do Hospital de Emergência do Agreste (HEA) para retirada dos órgãos (assista acima).


Durante o procedimento foram captados os rins do doador que seguiram para salvar as vidas de duas pessoas que se encontravam na fila de transplante.
“Mesmo neste momento de sofrimento pela perda de um ente querido, os familiares entenderam a importância da doação dos órgãos e se sensibilizaram com outras pessoas que estão na lista de transplante, aguardando a oportunidade para ter, de novo, qualidade de vida. É uma decisão de solidariedade e amor ao próximo”, afirmou o enfermeiro Andervan Leão, coordenador da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes.
A captação ocorreu depois que o paciente, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, teve a morte cerebral confirmada, após a sequência de exames exigidos pelo protocolo do Ministério da Saúde (MS).
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Parentes e equipe médica fazem homenagem a paciente doador de órgãos em Arapiraca
Pedro Torres/ Sesau Alagoas
“Uma decisão é capaz de mudar a vida de muitas pessoas e ficamos felizes pela decisão da família deste paciente que disse ‘sim’ para a doação. Vai salvar vidas, vai melhorar a qualidade de vida de quem sobrevive na expectativa de ser receptor de órgão”, afirmou Bárbara Albuquerque, diretora-geral do HEA.
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Esse é o segundo procedimento de captação de órgãos realizado pela equipe médica do HEA. O primeiro foi em maio deste ano, quando houve a captação de um fígado, que fez mudar a história de vida de um paciente que estava à espera na fila de transplantes.
Família precisa autorizar a doação de órgãos
De acordo com a legislação brasileira, mesmo com a decisão da pessoa de doar os órgãos, em caso de morte, a palavra final é da família, ou seja, não é possível garantir efetivamente a vontade do doador. Sendo assim, o diálogo com a família e amigos é essencial para que o desejo seja respeitado, dizem os médicos que trabalham com transplantes de órgãos.
No Brasil, de janeiro a junho deste ano, 45% das famílias consultadas nos hospitais não autorizaram a doação de órgãos, ou seja, quase 5 de cada 10 famílias negaram a doação. O dado é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
A legislação – lei n° 9.434/2007, regulamentada pelo decreto n° 9.175/2017 – define que a família tem a decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.
Para aumentar o número de doadores, foi estabelecido no Brasil o mês de Setembro como o de conscientização e de incentivo à doação de órgãos, cujo dia nacional foi na última sexta-feira (27).
Como se tornar um doador?
Se você optar por ser um doador de órgãos, o primeiro passo é avisar a família sobre a sua vontade.
Em vida, o doador pode decidir retirar órgãos e tecidos para serem transplantados em cônjuges, companheiros ou parentes até o quarto grau, quando a retirada não gerar risco para a saúde do doador. No entanto, se não houver parentesco ou relação, a doação depende de uma autorização judicial, sendo dispensada no caso de medula óssea. Ou seja, é possível escolher o receptor na doação em vida.
Em um documento, firmado por duas testemunhas, o doador vai definir:
O tecido, o órgão, a célula ou a parte do seu corpo que doará para transplante ou enxerto;
O nome da pessoa beneficiada;
A qualificação e o endereço dos envolvidos.
Após a morte, nem o doador e nem a família podem escolher o receptor.
“Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios, basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos”, diz o Ministério da Saúde.
De apenas um doador, é possível obter vários órgãos e tecidos para realização de transplante.

 

 

PorG1 Alagoas